9 a 16 jun 2025
residência de criação
Centro de Artes Performativas do Algarve CAPa

dói-me o corpo de jazer nessa esperança
Teatromosca/Teatrão
Portugal
texto Jorge Palinhos
encenação Marco António Rodrigues
assistência de encenação Maria Carneiro
interpretação Tomás Barroso, Isabel Craveiro, Milene Fialho e Margarida Sousa
banda sonora original Víctor Torpedo
desenho de luz Jonathan Azevedo
ilustração Alex Gozblau
cenografia Pedro Silva
figurinos Catarina Graça
coordenação das atividades paralelas Maria Carneiro e Isabel Craveiro
operação técnica Diogo Graça
direção de produção Inês Oliveira e Cátia Oliveira
fotografia Catarina Lobo
produção executiva Catarina Lobo
coprodução Teatromosca e Teatrão
financiamento República Portuguesa – Cultura | DGArtes – Direção Geral das Artes, Câmara Municipal de Sintra, Câmara Municipal de Coimbra
©Alex Gozblau
“A eterna tragédia dos que sempre perdem”
“Há dois mil anos que vivemos o fim dos tempos, e talvez agora eles tenham chegado, como chegaram tantas vezes antes. O fim dos tempos que inaugurou o nosso tempo talvez tenha chegado ainda durante os gregos, talvez no mito de Atlântida, mas mais certamente na queda de Tróia, a cidade sobre cujos escombros se ergueram a literatura e o teatro ocidental. (…) Por isso, só pode fazer sentido voltar hoje a “As Troianas”, reescrevendo-as de forma a fundir da forma mais harmoniosa possível os deuses que tudo sabem mas nada podem contra o destino, com as notícias da atualidade que nos fazem sentir hoje igualmente divinos no saber e na impotência. Nessa escrita procuraremos juntar o sofrimento das vítimas de hoje, para que sejam também o sofrimento eterno das mulheres de Tróia, não num ato de apropriação, mas de diálogo, na esperança de que o passado possa iluminar um pouco daquilo que somos agora e do que nos arriscamos a vir a ser no futuro.”
Jorge Palinhos