19 nov 2021
21h30
Centro de Artes Performativas do Algarve CAPa
espectáculo

maridos
teatromosca
portugal
Preço 6€ / 5€ (desconto estudantes, maiores de 65)
Duração 120 minutos
Classificação etária M/16
Bilhetes à venda no local
Reservas 289 828 784 / 91 8703415
criação Pedro Alves a partir do filme homónimo de John Cassavetes
interpretação Leonor Cabral, Joana Cotrim e Carolina Figueiredo
conceção de vídeo e realização Ricardo Reis
direção técnica e desenho de luz Carlos Arroja
cenografia Pedro Silva
figurinos Helena Guerreiro
operação de luz e som Diogo Graça
operação de vídeo em direto Marco Lopes (Show Ventura)
direção de produção Inês Oliveira
assistência de encenação, produção executiva e fotografia Catarina Lobo
produção teatromosca
ilustração Alex Gozblau
no dia 21 de setembro de 1970, no programa de televisão “The Dick Cavett Show”, o anfitrião recebeu os três atores de “Husbands”, com o objetivo de promover o filme realizado por John Cassavetes. Os três convidados-o próprio realizador, acompanhado por Peter Falk e Ben Gazzara – pareciam estar altamente embriagados e, durante 35 minutos, fumaram, rebolaram no chão, dançaram de modo absurdo, beijaram o apresentador, gritaram, ininterruptamente, uns com os outros e com o público. Rapidamente, o programa transformar-se-ia num espetáculo caótico. É em diálogo com este emblemático filme e com esse estranho evento televisivo, mais inspirados pelo mapeamento do processo criativo do realizador norte-americano, pelos ecos que a sua obra produziu e pelos diálogos que poderá estabelecer com a atualidade, do que propriamente pelo argumento de “Husbands”, que nos propomos a construir um espetáculo – protagonizado agora por três atrizes, Leonor Cabral, Joana Cotrim e Carolina Figueiredo.
este “Maridos“, dirigido por Pedro Alves, centrar-se-á tanto na discussão em torno dos mesmos temas propostos pela obra de Cassavetes -o subtítulo do filme anunciava mesmo que se tratava de “uma comédia sobre a vida, a morte e a liberdade – como na dissecação desses instantes em que os corpos se encontram, no cinema e nas artes performativas, assente num terreno fluído onde as fronteiras que tenderiam a separar a vida da arte, arealidade da ficção, o teatro do cinema, são, claramente, desafiadas.