15 a 21 jul 2024
residência de criação
Centro de Artes Performativas do Algarve CAPa
composição | arar os solos com derivas e mistérios
Flávio Rodrigues
Portugal
ideia e performance Flávio Rodrigues
documentação de imagem fotográfica Bruno Baptista, Fernando Silva e Flávio Rodrigues
documentação de imagem videográfica Andrea Azevedo
documentação textual Telma João Santos, Né Barros e Nelson Rodrigues
consultoria artística Eneide Lombe Tavares, Cristina Miguel e Tiago Pinto
apoio à residência Teatro de Ferro (Porto, Serviço de Emergência, 2024), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), DeVIR/ CAPa (Faro), Arte Total (Braga)
co-produção Balleteatro (em parceira com o Jardim botânico do Porto) e FIDANC / CDCE
apoio à criação República Portuguesa / Cultura, Direção-Geral das Artes
©Fernando Silva
composição | arar o solo com derivas e mistérios
Como elementos preambulares, recorro a quatro folhas brancas quadradas, separadas por uma pequena margem, onde repousam objetos e materiais encontrados em caminhadas por ruas e praias, bem como na visita a casas e fábricas abandonadas, essencialmente em Vila Nova de Gaia. A configuração que se ergue sob e nas folhas emerge, semelhante e em continuidade com criações anteriores, de práticas experimentais e intuitivas, sendo processual na sua construção e reflexão, de teor performativo e resultando num dispositivo expositivo. Não corresponde a pontos de partida específicos, mas sim mergulha no desconhecido e na abertura de uma miríade de narrativas subjetivas e pluriprismais.
Em “Composição | arar o solo com derivas e mistérios” o gesto é força frágil, a respiração é uma continuidade, e o corpo é uma presença construtora e compositora. No final, temos uma composição de fragmentos que outrora foram esquecidos e que agora, aqui, são lembrados e homenageados. Pois, embora nem tudo importe, por vezes, quase tudo importa quando quase nada parece ter importância.