function ou a função

Projecto Ruínas

Portugal

Um pequeno escritório com uma secretária e um telefone em cima dela. Nele, um homem ensina a outro as características do trabalho a desempenhar. Uma função inútil qualquer, daquelas que o tempo torna obsoleta. Ao novo recruta cabe o turno da noite. Os meses passam e nada acontece. O novo recruta aborrece-se. Aos poucos começa a duvidar. Uma noite, o funcionário do turno de dia aparece. Traz uma mulher consigo e tenta impressioná-la. A visita torna-se permanente. O funcionário mais antigo não se vai embora, por hábito, vício, ou porque lá fora as coisas não são melhores. A mulher, entretanto, tomou conta da casa. Fez umas mudanças, e o pequeno escritório
entrou em auto-gestão. Os funcionários entram em choque por causa das mudanças. No final de contas a função prevalece.
Os conflitos entre o velho mundo e o novo, num universo “retro-futurista”. As relações de poder, a resistência à mudança, a obediência a um poder maior mas ausente, o absurdo existencial, a objetificação dos outros, o individualismo, são o pano de fundo de “Function”. Queremos fazer um espetáculo que reflita sobre os temas de uma forma leve, mas com uma carga sensorial intensa, trazendo à tona os conflitos e o mundo interior das personagens.